Vereador Umbelino alvo de operação é afastado do cargo e proibido de acessar a Câmara Municipal de São Luís

O vereador Umbelino Júnior, alvo da operação deflagrada no início da manhã desta quarta-feira,13, teve prisão negada pela justiça, mas foi afastado do cargo de vereador e está proibido de acessar as dependências da Câmara Municipal de São Luís.

Alem de São Luís, a Operação Occulta Nexus, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Maranhão cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Imperatriz.

Ainda na decisão da justiça, o vereador Umbelino terá que cumprir as medidas cautelares que prevê o comparecimento mensal em juízo com o propósito de informar e justificar atividades; proibição de acesso e frequência à sede da Câmara Municipal de São Luís; proibição de manter contato, por qualquer meio de comunicação, com todos os demais investigados; ausentar-se da Comarca sem prévia comunicação a este juízo; e suspensão do exercício da função pública, diante do receio de sua utilização para a prática de infrações penais.

Foi autorizada, também, a apreensão e sequestro de bens e o bloqueio de R$ 2.182.339,33 nas contas bancárias de todos os investigados, para fins de ressarcimento ao erário.

Rachadinha

A partir das investigações, o Gaeco verificou  que a organização criminosa liderada pelo parlamentar, não reeleito em outubro, atuava com a prática de “rachadinha” (peculato-desvio) do salário dos servidores lotados no seu gabinete.

As investigações apontam que os envolvidos no esquema são familiares e parentes do vereador, incluindo esposa, cunhados e sogro, que reside no Distrito Federal.

A organização criminosa também contava com apoio de terceiros para efetivação dos desvios e outros crimes, como “lavagem” de capitais e falsidade ideológica.

O nome dado a operação, de “Occulta Nexus”, que significa ligações ocultas em latim, faz alusão às conexões entre os investigados que praticam a “rachadinha” do salário em favor do vereador, que agia ilicitamente de forma oculta com seus familiares e assessores.

O vereador Umbelino Júnior ainda não se pronunciou publicamente sobre a operação e seu envolvimento.

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