A advogada mineira Clara Alcântara Botelho Machado foi convocada para depor na CPMI que investiga um escândalo bilionário de descontos indevidos em benefícios previdenciários. O requerimento (1802/2025) foi aprovado pelo Senado na semana passada e tem como foco irregularidades atribuídas à Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap), da qual Clara é ligada.
A investigação aponta que a Cobap teria promovido descontos mensais entre R$ 98 e R$ 104 nos benefícios de aposentados, sem autorização. Em sua atuação judicial, Clara chegou a afirmar que tais valores seriam “irrisórios”, o que gerou forte reação por minimizar os prejuízos a idosos de baixa renda. Ela aparece como advogada em mais de 11 mil processos em todo o país, frequentemente sem inscrição suplementar na OAB de outros estados — o que contraria o Estatuto da Advocacia.
Além do envolvimento com a Cobap, Clara já esteve no centro de controvérsias no Maranhão ao atuar como amicus curiae na ADI 7.780, movida pelo Solidariedade, em que fez acusações contra o governador Carlos Brandão e sua família. Embora o ministro Flávio Dino, do STF, tenha rejeitado sua participação formal na ação, ele usou informações da petição para acionar a Polícia Federal.
Agora, a advogada passa a ser vista como uma figura-chave não apenas em disputas políticas, mas também no esquema que pode ter lesado milhares de aposentados em todo o Brasil. O depoimento à CPMI deve ocorrer nas próximas semanas.
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