O prefeito de Rosário Cavelt Filho gravou um vídeo responsabilizando diretamente a Central de Gerenciamento Ambiental Titara pela morte de três funcionários, registrada na ultima sexta-feira (31). Os trabalhadores morreram asfixiados dentro de um tanque de composto químico de amônia, enquanto realizavam a limpeza do local.
A investigação apura se os trabalhadores utilizavam os devidos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Segundo Cavelt, a tragédia já era anunciada, e a Titara teria sido negligente e tratado com descaso a segurança dos funcionários. Trabalhadores estavam em condições desumanas, sem EPIs, sem técnico de segurança. A Titara é uma empresa que não valoriza seus funcionários, ao invés disso, tem trazido inúmeras mazelas para nosso povo”, declarou o prefeito.
Desde a instalação do aterro sanitário, o prefeito disse ter se posicionado contra o empreendimento, argumentando que ele não trazia benefícios para a cidade e, pelo contrário, acarretava graves problemas ambientais e sociais. “Nós sempre fomos contra a instalação desse empreendimento que não traz benefício nenhum para nossa cidade. Pelo contrário, trouxe morte e luto”, afirmou.
O prefeito destacou que a administração municipal tem enfrentado dificuldades para fiscalizar a Titara, com diversas tentativas de inspeção sendo barradas pela empresa.
Segundo ele, em 2021, mais de 40 cabeças de gado foram encontradas mortas nas proximidades do aterro, atribuindo as mortes à poluição causada pelo lixão.
Nota da empresa
A Titara lamentou o falecimento dos três colaboradores e afirmou que está prestando toda a assistência às famílias das vítimas. A empresa também informou que uma investigação interna foi instaurada para apurar as causas do acidente.
Já a Polícia Civil do Maranhão disse que vai abrir um inquérito para investigar o caso. Além disso, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e a Agência Executiva Metropolitana (AGEM) estão acompanhando a situação.
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