Nova Olinda do MA: Prefeito eleito Ary que mandou recolher telhas de eleitor é denunciado no Fantástico

O Fastástico da Rede Globo desse domingo, 20, exibiu ampla reportagem mostrando suposta compra de voto denunciada por eleitores da cidade de Nova Olinda do Maranhão. No município disputavam a prefeitura, Ary Menezes (PP) eleito no primeiro turno com 50,01% dos votos válidos, e Thaymara Amorim (PL) ficou em segundo lugar, com 49,99%.

A diferença entre os dois candidatos foi de apenas dois votos. Thaymara chegou inclusive a comemorar a vitória antes do fim da apuração, que com 97% das urnas apuradas dava uma diferença de 100 votos a favor dela. No entanto, o resultado final deu a vitória a Ary.

Depois da vitória, porém, alguns eleitores confessaram ter vendido o voto em favor de Ary Menezes. E denunciaram que passaram a receber ameaças e represálias.

Danilo Santos foi um dos eleitores que admitiu que foi procurado antes da votação e aceitou vender o seu voto em troca de 1.500 telhas, 20 sacos de cimento e a madeira para fazer sua casa. Ele relatou ainda para a reportagem que não recebeu tudo o que foi prometido, e por isso mudou de ideia.

Dois dias depois da eleição, Danilo filmou o momento em que um caminhão da prefeitura retirou as telhas da casa dele.

Outra eleitora, a pescadora Luciane Souza Costa, disse que também foi ameaçada. Ela decidiu não votar em Ary e nem na vereadora indicada por ele depois que o marido dela recebeu dinheiro pela compra do voto.

Nota do prefeito eleito Ary

Em nota, o prefeito eleito Ary Menezes disse que “a compra e venda de votos compromete a democracia do pleito e deve ser apurada pela justiça eleitoral”, e se colocou à disposição para esclarecimentos.

Outro que se manifestou, e foi citado na reportagem foi Ronildo da Farmácia, vice-prefeito eleito. Ele negou as acusações. “Eu dou a garantia que da minha parte e da parte do Ary, 100% de certeza que não oferecemos dinheiro em troca de votos para ninguém. Fizemos uma campanha limpa, está entendendo?”

A defesa de Clélia Barros disse em nota que “Clélia não tem conhecimento sobre a captação ilícita de votos apontada na reportagem”, e que “a cliente tem a vida pública pautada por honestidade, sempre respeitando os pilares da democracia

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