A greve anual dos rodoviários, que inclusive em razão da Convenção Coletiva de Trabalho, ocorre no início do ano, mais uma vez rendeu bons resultados, só que para os empresários.
Após três dias de paralisação total dos motoristas e cobradores, deixando mais de 600 mil usuários do transporte público sem condução, e exaustivas reuniões para discutir a mesma coisa, o resultado não foi diferente: vitória para o Sindicato dos Empresários do Transporte, SET.
Depois de quase 12 horas de negociações, para garantir o fim do movimento, os empresários se comprometeram a reajustar os salários de motoristas em dupla função em 10% – e conceder 8% para os cobradores e demais funções. No entanto, segundo eles, para pagar a conta seria necessário o aumento no valor do subsídio pago pela Prefeitura e o Governo do Estado.
O valor aumentaria de R$ 0,70 para R$ 1,35 por passageiro no valor do subsídio pago pelos entes. Somente após o aumento é que os empresários bateram o martelo para o fim da greve.
Ainda durante a negociação, ficou acordado que a partir de agora, uma planilha detalhando os valores recebidos e a sua aplicação, deverá ser apresentada.
Com essa única “exigência” feita, fica evidente que até hoje, pelo visto, cifras milionárias já foram pagas, porém não há acompanhamento na aplicação e destinação do dinheiro público.
Fica a pergunta que não quer calar: afinal de contas, de quem era a greve?
Repercussão
Como era o esperado, nas redes sociais, o prefeito Eduardo Braide (PSD) enfrentou duras críticas, sobretudo por conta do aumento no valor do subsídio pago todos os meses ao longo dos últimos três para os empresários.
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