O agora o ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, decidiu pedir demissão de seu cargo. A decisão foi oficializada por meio de carta-aberta publicada nas redes sociais e divulgada a imprensa.
Mais cedo já existiam rumores da saída de Juscelino, o que tomou forma após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denuncia-lo por participação em um suposto esquema de desvios de emendas parlamentares pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Em 2024, quando Juscelino foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no mesmo caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer que se o processo avançasse o ministro seria removido do cargo.
O indiciamento da PF apontou que Juscelino cometeu crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A denúncia da PGR foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o processo tramita sob relatoria do ministro Flávio Dino.
Dino deverá abrir prazo para a defesa contestar a denúncia e, em seguida, a PGR deverá se manifestar.
Depois, o processo será encaminhado para a Primeira Turma, composta também pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.
Outro lado
A defesa de Juscelino afirmou que o encaminhamento da denúncia é “a melhor oportunidade para se colocar um fim definitivo a essa maratona de factoides que vem se arrastando por quase três anos, com a palavra final da instância máxima do Poder Judiciário nacional”.
Os advogados falaram, ainda, ter indício “perigoso de estarmos voltando à época punitivista do Brasil, quando o MP [Ministério Público] conversava primeiro com a imprensa antes de falar nos autos”.