Simplício Araújo, ex-secretário de Indústria, Comércio e Energia do Maranhão, pediu a inclusão de uma indenização mensal para todos os moradores de cidades impactadas pela queda da ponte entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins. A solicitação foi discutida em reunião com o advogado Marlon Reis, idealizador da Lei da Ficha Limpa e responsável por uma ação judicial que já prevê indenizações para associações comerciais e entidades da sociedade civil afetadas pelo incidente.
A ação inicial, movida pelo escritório Marlon Reis e Associados, inclui oito pedidos de urgência e pode resultar em indenizações que somam mais de R$ 600 milhões. Após a reunião, o escopo da ação foi ampliado para atender a população diretamente atingida, que enfrenta dificuldades econômicas graves em função do colapso da ponte.
De acordo com estudos apresentados por Simplício, mais de 70% da população da região vive de atividades informais, como pequenos comércios e serviços de borracharia ou vendas ambulantes. Sem registros formais como empresas ou Microempreendedores Individuais (MEIs), essas pessoas não conseguem comprovar suas perdas financeiras. Além disso, o número de beneficiários do programa Bolsa Família nas cidades impactadas é até cem vezes maior que o de empresas registradas, o que agrava a vulnerabilidade da população local.
O estudo também destaca que muitas dessas famílias complementam a renda com trabalhos informais, mas estão atualmente sem meios de sustento devido às dificuldades de circulação e ao impacto econômico causado pela queda da ponte. Segundo Simplício, a crise atinge não apenas os setores de comércio, indústria e serviços, mas também as condições básicas de sobrevivência da população.
A proposta discutida na reunião prevê que a indenização mensal seja paga até a conclusão da reconstrução da ponte, permitindo que os moradores tenham condições de arcar com despesas como alimentação, compromissos financeiros e acesso à saúde. A iniciativa busca minimizar os danos causados pela crise e oferecer suporte às famílias em situação de vulnerabilidade extrema.
Fonte: Blog Marrapá
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