A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve concluir nos próximos meses a análise da investigação contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, suspeito de envolvimento em desvios de recursos públicos durante seu mandato como deputado federal. O caso, que se arrasta desde junho de 2024, quando Juscelino foi indiciado pela Polícia Federal (PF). Segundo o Jornal O Globo, o caso de Juscelino está entre as prioridades do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O inquérito da PF aponta que o ministro teria participado de um esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares destinadas à pavimentação de ruas em Vitorino Freire, no Maranhão, cidade administrada por sua irmã, Luanna Rezende, até o ano passado. Juscelino foi indiciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
A defesa do ministro nega irregularidades, argumentando que ele apenas indicou as emendas e não teve influência na execução das obras. “A única contribuição do então deputado federal Juscelino Filho foi a indicação de suas emendas, nada mais”, afirmou Luanna Rezende na época do indiciamento. Já os advogados do ministro alegam que a investigação da PF “parece ter se desviado de seu propósito original”, comparando seus métodos aos da Lava Jato.
