
Dois dias após ser submetida a um transplante de pele e músculo que durou nove horas, a jovem Débora Dantas de Oliveira, de 19 anos, que teve o couro cabeludo arrancado em um acidente de kart em Recife (PE), está consciente e se alimenta normalmente no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Especializado em Ribeirão Preto (SP).
O cirurgião plástico Daniel Álvaro Alvarez Lazo, chefe da equipe médica que operou Débora, afirmou que a jovem pernambucana voltou ao centro cirúrgico na manhã desta segunda-feira (26) para o primeiro curativo e a cicatrização está transcorrendo conforme o esperado.
“Sem nenhum problema, 100% de sucesso. Não só a pele, como o músculo, estão cobrindo completamente todo o crânio”, disse Lazo, destacando que a possibilidade de complicação é quase nula. “A coisa vai muito bem, nada acontece, não há surpresas”, completou.
Débora deve retornar ao centro cirúrgico ao menos três vezes por semana para refazer os curativos – a cabeça está coberta por faixas e um capacete de gesso. Ela também deve ser submetida a outras cirurgias reconstrutivas ao longo do próximo mês.
“Todo tratamento é feito por etapas. Em 10 ou 15 dias, enxertos de pele parcial. Mas, é claro que, com o passar do tempo, cirurgias complementares serão necessárias para corrigir as deformidades residuais que eventualmente venham a aparecer”, disse Lazo.
No último sábado (24), Débora foi submetida a um transplante de pele e músculo retirados das costas dela mesma. O procedimento envolveu dois anestesistas e cinco microcirurgiões. Dois dias antes, a equipe havia reconstruído as pálpebras superiores e parte da testa da jovem.
Os médicos também precisaram religar artérias e veias, para garantir o fluxo de sangue no local. A equipe precisou de destreza, afinal, os vasos sanguíneos têm cerca de dois milímetros de espessura e os fios cirúrgicos são seis vezes mais finos que um fio de cabelo.
“A avaliação é feita de hora em hora por um cirurgião experiente porque é fundamental descobrir as complicações, caso venham a acontecer, de maneira precoce. O médico tem que estar do lado nos primeiros dois dias de hora em hora para saber se a coisa vai bem”, completou Lazo.
A assessoria do Walmart, local que ocorreu o acidente, informou que desde o acidente tem prestado todo o suporte necessário à Débora, e ao noivo, que segue no acompanhamento a ela, de Recife para Ribeirão Preto, assim como o tratamento médico particular.
Fonte: G1
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