
A cada dia que passa novas informações vão surgindo a cerca do assassinato do empresário João Bosco Oliveira, morto com pelo menos três tiros na área externa do edifício Tech Office, na Ponta D’areia, em São Luís.
Na mesma velocidade que os novos fatos surgem, a mesma necessidade de esclarecimento por parte da cúpula de Segurança Pública, e do Governo do Maranhão.
Imagens obtidas com exclusividade pelo jornalista Glaucio Ericeira, que compõe o consórcio de imprensa, formado por vários meios de comunicação para investigar o caso, mostram o empresário Bisco, participava de atos de campanha em favor da reeleição do governador Carlos Brandão e do ex-governador Flávio Dino, candidato ao Senado. Joao Bosco inclusive operava em várias frentes de trabalho, uma delas a comercialização de cestas básicas junto ao Governo.
No último dia 22 de julho, o empresário participou de ato político e público, feito por Beto Castro (Avante), na sede da Favela do Samba, na Avenida dos Africanos. Nas imagens, obtidas, é possível constatar Beto, Bosco e Flávio Dino conversando em cima do palco.
Em seguida, o empresário tira uma selfie com Flavio Dino, candidato ao Senado.
Motivação do Crime
Gilbson César Soares Cutrim Júnior, assassino confesso do empresário, afirmou em depoimento que executou o mesmo devido ao fato de ter sido cobrado acerca da quitação de uma propina de 50% em cima de um valor de R$ 788 mil oriundo do pagamento, por parte da Secretaria de Estado da Educação, de uma empresa de vigilância que estava inapta. A liberação do dinheiro, segundo o acusado, ocorreu graças a influência do vereador de São Luís dentro da Seduc.
O referido valor é referente a um processo de 2014 e passou sete anos como restos a pagar. Em um passe de mágica, foi empenhado, liquidado e pago pela Seduc entre os dias 10 e 11 de agosto.
Antes da execução, ainda na cena do crime, Bosco, Beto Castro e Gilbson Cutrim se reuniram com o advogado Daniel Itapary Brandão, secretário de Estado de Monitoramento de Ações Governamentais, membro do Conselho do Porto do Itaqui e sobrinho de Carlos Brandão.
Daniel, ontem, em contato com um blog alinhado a reeleição do seu tio, tentou desqualificar a descoberta a classificando de fake news e afirmando tratar-se de desespero de quem vai perder a eleição.
No entanto, o Governo do Maranhão ainda não respondeu aos questionamentos básicos e importantes sobre o caso, se quer uma nota oficial esclarecendo o envolvimento da Secretaria de Educação do Estado citada pelo assassino confesso.

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