Parece brincadeira, mas não é. As vésperas do pleito deste ano, o Governo do Maranhão marcou para o próximo dia 23 de agosto, às 14h30, mais uma licitação milionária, na modalidade pregão.
O novo extenso documento trata-se de contratação de empresa para fornecimento de refeição para os restaurantes populares. Além do café da manhã anunciado pelo governador-tampão, Carlos Brandão, o candidato a reeleição quer oferecer ao maranhense, feijoada aos sábados, e mocotó a cada 15 dias.
O valor estimado da licitação, que só deixou para pensar na fome dos maranhenses, há dois meses das eleições, está estimado em R$ 44.876.812,50 (quarenta e quatro milhões oitocentos e setenta e seis mil oitocentos e doze reais e cinquenta centavos). A previsão contempla todos os itens trazidos pelo documento, incluindo também as refeições já ofertadas.
Atualmente, os restaurantes populares cobram o valor de R$ 1 (um real) por refeição. Porém, o edital deixa em aberto a possibilidade de serem cobrados até R$ 3 (três reais) ao usuário.
Chama a atenção que no edital todas as refeições, e principalmente as novas, são compostas por reforçadas refeições, e que em alguns momentos, o café da manhã, por exemplo, tem mais leite que café, com direito a pão com carne, frango, e até mesmo dependendo do dia da semana, tem até cuscuz com ovos e beiju (tapioca) com queijo.
O maranhense que fizer uso dos serviços também vai poder encontrar pelos restaurantes a oferta de caldo de ovos com carne e cheiro verde, acompanhado de pão francês.
E se a carne tá fugindo do prato do trabalhador, na listagem de proteínas, chama atenção o fato da carne de segunda ter maior frequência que a de primeira. Na seção de prato proteico composto, as novidades no cardápio do almoço: a feijoada a ser oferecida aparenta ser bastante singela, composta apenas por pernil e carne seca.
No cardápio-modelo para o jantar, mais da metade das dez refeições citadas são compostas por sopas, caldos e sanduíches. Apenas em 4 refeições são servidos preparados mais elaborados, como risoto e macarronada.
O valor unitário real de cada refeição, informado pelo edital, varia entre R$ 10,83 a 16,53. O Estado subsidia a diferença entre o pago pelo usuário final e o custo real.
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