
Após 38 dias do assassinato do empresário João Bosco Oliveira Sobrinho, ocorrido no dia 19 de agosto na área externa do edifício Teach Office, na Ponta D´Areia, em São Luís, o Governo do Maranhão mantém completo e absoluto silêncio sobre o crime, e não esclarece o que fazia o advogado Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB) e secretário de Estado de Monitoramento de Ações Governamentais, na cena do crime durante a negociação.
Faltando apenas cinco dias para as eleições 2022, e um debate que será realizado nesta terça-feira (27), pelo Sistema Mirante a expectativa agora é esperar que o governador-tampão, Carlos Brandão que concorre a reeleição, responda e esclareça para o maranhense sobre o principal escândalo de propina que permeia seu governo por meio da Secretaria de Estado da Educação, Seduc, denunciado em depoimento por Gilbson César Soares Cutrim, assassino confesso da vítima João Bosco.
Segundo Gilbson, o crime ocorreu por que Bosco estava ameaçando para receber 50% de propina em cima de um valor de R$ 778 mil oriundo do pagamento, por parte da Secretaria de Estado da Educação, de uma empresa de vigilância que estava inapta. O processo corria desde 2014 e num passe de mágica em 24h foi liberado, e pago.
Ainda segundo Gilbson, a situação ficou ainda mais tensa pela pressão feita por João Bosco para receber. A partir daí, Daniel Brandão surge no depoimento da esposa de João Bosco sendo apontado como ‘o careca’.
No dia do assassinato, Daniel que estava no local, participou de toda a dinâmica do crime. Minutos antes da execução, em uma mesa da lanchonete Tapioca da Ilha, reuniu-se com a vítima; o acusado; e o vereador Beto Castro (Avante), apontado por Gilbson como o agente que utilizou de influência política dentro da Seduc para que o recurso fosse liberado.
O sobrinho do governador, é importante destacar, foi quem ligou para Gilbson pedindo que ele participasse do encontro objetivando encontrar uma solução para o impasse.
Todas as informações com suas respectivas comprovações feitas por documento, vídeo, foto, foram apuradas por um consórcio de imprensa formado para apurar e investigar o caso, já que nem mesmo a Secretaria de Segurança Pública, na pessoa do coronel Sílvio Leite, tão pouco o delegado Jair Paiva, delegado geral da Polícia Civil, falam sobre o caso e se limitam apenas a declarar que o inquérito corre sob sigilo de justiça.
O Governo se quer responde as demandas e questionamento encaminhados para a Secretaria de Comunicação a cerca da propina apontada por Gilbson, e o tráfico de influência, além do pagamento de propina dentro da Seduc.
Agora, o jeito é esperar pelo debate, seus embates, e desculpas…
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