Wallyd Atallah, de 20 anos, conquistou o primeiro lugar no vestibular de medicina da Universidade de São Paulo, entre as vagas disputadas por ex-alunos da rede pública. Segundo o estudante ele não gostava de estudar, e até focar de fato nos estudos, obteve êxito na conquista.
Na escola, ele não estava entre os alunos considerados “nerd”, ou seja, aqueles estudantes que se dedicavam todos os dias em casa. Pelo contrário, o estudante conta que não tinha muito interesse em aprender. “Eu até ia bem nas notas, fazia as tarefas e os trabalhos, mas não me dedicava, deixava tudo para a última hora”, diz.
Mais a conduta do aluno foi mudando e após concluir o ensino médio, decidiu mudar. Como meta, decidiu que seria aprovado na Fuvest para cursar medicina na USP. A dificuldade maior seria compensar toda a defasagem deixada pela escola pública – no ensino fundamental, quando o jovem chegou a ficar sem professor de matemática fixo por dois anos.
Filho de uma cabeleireira e de um mecânico, ele não teria como pagar um cursinho pré-vestibular. Por isso, passou 2019 se preparando sozinho, em casa.
No fim de 2020, veio a maratona de vestibulares, e em 2021, os resultados excelentes. Além de passar em 1º lugar na Fuvest, Wallyd também foi aprovado na Unicamp e teve um ótimo desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (tirou 980 na redação, quase a nota máxima).
A escolhida foi a USP. “Estou animado para o começo das aulas. Antes, fazer medicina lá era só ‘coisa de rico’. Agora, com cotas, o perfil já mudou muito. É um jeito de nivelar [os candidatos] e dar oportunidade para todo mundo”, diz.
“Sou o primeiro da minha família a entrar em uma universidade pública.”
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