Entre heranças e narrativas: a disputa de poder que divide o grupo de Dino no MA

A guerra entre dinistas e brandonistas ganha mais um episódio, e cada dia que passa as revelações e tramas são escancaradas abrindo uma série de questionamento sobre: “de quem é o poder no Maranhão?

Uma coisa é certa – sem cerimônias, dinistas deixam, a cada movimento, é de que o governo do Maranhão seria uma espécie de herança de Flávio Dino. Uma herança que teria como herdeiro natural o vice-governador Felipe Camarão, do PT. E se é herança, então — para eles — ser governador seria um direito adquirido. Ao povo, caberia apenas aceitar o testamento político.

No meio dessa guerra interna, o que vemos é uma disputa de narrativas — cada uma tentando justificar o próprio projeto de poder. Fala-se em “nepotismo”, daí é inevitável lembrar que dinistas, por exemplo, acusam Brandão de querer colocar o sobrinho na disputa pelo governo. Mas parece que esquecem que Márcio Jerry, um dos principais nomes do PCdoB, até hoje vive zangado em razão de não ter emplacado o próprio irmão como prefeito de Colinas. Ou seja: o discurso muda conforme o lado da mesa.

E há ainda a narrativa mais popular — a de que “quem escolhe o representante é o povo”. Dá até vontade de sorrir se a briga todinha é justamente porque Dinistas dizem o tempo todo que existe um acordo firmado em 2022 e quem vai sentar na cadeira é justamente o vice-governador aliado de Lula. Mais alguém combinou com o povo?

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