Os 18 vagões-tanque que explodiram na madrugada da última quarta-feira, 08, na Estrada de Ferro Carajás, em Alto Alegre do Pindaré, transportavam quase 1,5 milhão de litros de combustível. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros cada vagão tinha em média cerca de 80 mil litros de combustível, entre óleo e gasolina.
O acidente, jamais registrado nessa proporção no Maranhão, levanta agora a corrida contra o tempo para evitar outro desastre: o impacto ambiental.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, cel. Célio Roberto, todo o trabalho de rescaldo foi finalizado ainda nessa quarta-feira, e agora o trabalho será para avaliar o dano causado ao meio ambiente.
“Finalizamos o trabalho, o incêndio foi debelado e agora cabe a Secretaria de Meio Ambiente realiza o levantamento da situação ambiental, em razão do combustível no solo”, pontuou.
No local do acidente, além de uma área de preservação permanente, comunidades e famílias também habitam o espaço.
Impacto Ambiental
A Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) deverá a partir de agora analisar as consequências causadas no solo, ar, córregos vizinhos. Além do impacto ambiental. Outra preocupação é com a linha férrea, danificada e sem escoar a produção de grãos, a expectativa é que somente na próxima segunda-feira, 13, o tráfego seja liberado.
Recentemente a Vale foi notificada após audiência pública realizada em julho deste ano, em que o Ministério Público estadual alertou sobre os dados alarmantes registrados no relatório de qualidade do ar de São Luís.
De acordo com pesquisas, em 2022, a qualidade do ar chegou a níveis de emergência mais de 500 vezes, o que representa aumento da presença de componentes nocivos à saúde.
Até o momento a Vale ainda não se pronunciou sobre as providências e ações para conter possíveis danos ao meio ambiente.