O Governo Federal vai realizar o bloqueio de 8,4 milhões de benefícios do Bolsa Família após um pente-fino nos cadastros dos beneficiários ao longo do ano de 2023. O objetivo é corrigir divergências identificadas no Cadastro Único, porta de entrada para os programas sociais do governo.
De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), dos 8,4 milhões de benefícios bloqueados para essa checagem, aproximadamente 3,7 milhões foram efetivamente cancelados. As análises mostraram inconsistências nos cadastros, incluindo problemas relacionados à renda e à composição familiar, além de dados desatualizados.
Os bloqueios afetaram principalmente famílias nas regiões Nordeste, com 3.762.332 benefícios suspensos, e Sudeste, com 3.023.165 benefícios bloqueados. Atualmente, o Bolsa Família beneficia cerca de 21 milhões de famílias em todo o país, sendo 9,4 milhões no Nordeste e 6,2 milhões no Sudeste.
Entre as principais irregularidades identificadas pelo governo está o aumento significativo de famílias unipessoais, compostas por uma única pessoa, beneficiárias do programa de transferência de renda. O relatório da CGU indicou um crescimento de 55% nesse tipo de arranjo familiar, passando de 15 milhões para 22 milhões entre outubro de 2021 e dezembro de 2022. Dos 8,4 milhões de benefícios retirados, 7,1 milhões eram de famílias unipessoais.
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